Adentrar a fundo no universo da língua portuguesa é como viajar no tempo e entender como a linguagem reflete a cultura e a sociedade de diferentes épocas. Já parou para pensar em como a nossa língua é dinâmica? Ou em quantos costumes mudaram da época dos seus avós até os dias de hoje? Então, foi pensando nisso que separamos aqui alguns termos em desuso que nossos avós utilizavam com frequência, mas que hoje se perderam nas páginas da história.
O legado linguístico dos nossos antepassados (avós)
Antes de mais nada, a língua é “viva”, ou seja, está em contínua transformação. Então, palavras que usamos hoje podem não ser mais usadas em breve. Por isso, hoje, vamos redescobrir palavras que, embora esquecidas, desempenharam papéis importantes no vocabulário dos nossos antepassados. Palavras que outrora eram corriqueiras, hoje, podem soar estranhas ou até ininteligíveis. Portanto, confira a seguir as principais:
1. Ósculo
Antes de mais nada, este é o primeiro termo em desuso e ele representa um beijo ou cumprimento, muitas vezes com um significado afetuoso ou respeitoso.
2. Alvíssaras
Enquanto isso, “alvíssaras” é uma recompensa ou prêmio, especialmente por uma boa notícia ou descoberta.
3. Acartado
Além disso, alguém que é qualificado ou diplomado, especialmente em um campo específico de conhecimento, era alguém “acartado”.
4. Leda
Enquanto isso, “leda” é uma palavra que descreve algo alegre, jubiloso, ou feliz.
5. Safanão
Porém, se o que você quisesse era dar um empurrão forte ou uma sacudida, ou uma reprimenda física, o termo utilizado era dar um “safanão”.
6. Patego
Enquanto isso, esse era o termo usado para descrever uma pessoa considerada simplória ou ingênua.
Leia mais: 8 palavras com significados diferentes entre o Brasil e Portugal
7. Lambisgoia
Ademais, havia os termos pejorativos também. Por exemplo, “lambisgoia” era uma maneira pejorativa de se referir a uma mulher que é considerada desagradável ou sem graça.
8. Ladroa
Essa era a forma feminina da palavra “ladrão”, usada para descrever uma mulher que rouba.
9. Jorna
Enquanto isso, para se referir a um dia de trabalho, ou ao salário recebido por um dia de trabalho, usavam a palavra “jorna”.
10. Brunir
Já o ato de polir ou lustrar algo, especialmente metal, para que brilhe era “brunir”.
11. Botica
Uma palavra antiga para farmácia, muitas vezes usada para descrever lojas pequenas e especializadas.
Leia mais: Como não se importar com a opinião dos outros? Psicólogo diz
12. Cacareco
Já “cacarero” era a palavra para definir um objeto velho ou sem valor, frequentemente usado de maneira depreciativa.
13. Gorar
Enquanto isso, “gorar” significava frustrar ou impedir que algo aconteça.
14. Janota
Esse era o termo que descrevia uma pessoa que era notavelmente elegante ou bem vestida.
15. Alpendre
Essa palavra era uma varanda ou área coberta, geralmente encontrada na entrada de uma casa.
16. Supimpa
Já “supimpa” era um termo informal que significava excelente ou ótimo.
17. Balela
Uma mentira, boato ou algo que não é verdadeiro era uma “balela”.
18. Quiproquó
Já ouviu essa? Um quiproquó era uma confusão ou mal-entendido, especialmente por erro de comunicação.
19. Petiz
Era uma palavra carinhosa para se referir a uma criança ou menino.
20. Basbaque
Já esse termo significava que alguém que era considerado ingênuo ou simplório.
21. Sacripanta
Uma pessoa mal-intencionada ou desprezível era uma “sacripanta”.
22. Tabefe
Já um “tabefe” era um tapa ou bofetada, geralmente com a intenção de repreender.
Leia mais: 4 lições de vida de Einstein que vão mudar a sua vida
23. Sostra
“Sostra” era um termo depreciativo para descrever uma mulher considerada preguiçosa ou suja.
24. Convescote
Por fim, esta palavra refere-se a um piquenique, uma reunião social ao ar livre, frequentemente com comida e bebida.
Finalmente, revisitar as palavras em desuso como essas pode representar nostalgia para alguns. Além de ser uma maneira de compreender melhor nossa história e cultura. Assim, ao explorar os termos que nossos avós e antepassados utilizavam, percebemos como a linguagem é dinâmica e reflexo de seu tempo.
Essa viagem ao passado linguístico é uma forma de aprender ainda mais sobre as palavras e a evolução do vocabulário, bem como sobre nós mesmos e como evoluímos como sociedade.
0 comentários