Uma investigação realizada pela BambooHR, uma empresa de tecnologia em recursos humanos dos Estados Unidos, examinou o índice eNPS (Employee Net Promoter Score) de 1,6 mil empresas nos Estados Unidos, durante o intervalo de tempo entre janeiro de 2020 e junho de 2023. Como resultado, foram reveladas insights sobre a profissão que se destacou como a mais insatisfeita em 2023. Por isso, veja qual foi a profissão mais infeliz do ano passado.
O que foi abordado no estudo?
Antes de mais nada, o estudo abordou o nível de satisfação em oito setores distintos. Dentre eles: Construção, Tecnologia, Finanças, Terceiro Setor, Restaurantes, Viagens, Educação e Saúde. Assim, totalizando uma impressionante amostra de 1,4 bilhão de avaliações de trabalhadores.
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Afinal, qual a profissão mais infeliz de 2023?
Resultados apontam que a área de saúde, abrangendo profissionais como médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, destaca-se como a mais insatisfeita, experimentando uma preocupante queda de 40% na satisfação desde 2020, com uma acentuada aceleração em 2023.
Surpreendentemente, o eNPS médio do setor manteve-se em 4,0 pontos anualmente. Um dado alarmante revela que aproximadamente 71% dos médicos norte-americanos sentiram que as condições de trabalho pioraram, sendo que 47% cogitam deixar seus empregos até 2025.
A pesquisa revela que os profissionais de saúde valorizam profundamente a cultura organizacional em seus locais de trabalho. Ambientes que priorizam valores éticos e um compromisso com a qualidade do atendimento centrado no paciente são fatores determinantes para a satisfação e retenção desses profissionais.
Estudos adicionais apontam que o trabalho em equipe eficiente e o sentimento de valorização estão diretamente associados a níveis mais baixos de esgotamento entre os profissionais de saúde.
Estes resultados corroboram com o relatório divulgado pela Elsevier Health, confirmando o quadro desafiador enfrentado pelos profissionais da saúde.
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Outros setores impactados
Outro setor impactado por níveis significativos de insatisfação é o da educação, com momentos de pico de felicidade coincidindo com os períodos de férias. Contudo, destaca-se uma queda notável na insatisfação, atingindo uma redução de aproximadamente 97% desde 2020.
Este dado sugere uma melhoria significativa nas condições e no ambiente de trabalho dentro do setor educacional.
É importante notar que essa crise de satisfação profissional não se limita aos médicos; abrange também trabalhadores administrativos e de manutenção.
Esses grupos, assim como os profissionais de saúde, demonstram maior comprometimento com empregadores que adotam uma abordagem orientada por valores, colocando o cuidado de alta qualidade centrado no paciente como prioridade.
O estudo alerta a importância de as empresas buscarem estratégias eficazes para melhorar a satisfação dos profissionais de saúde, considerando o impacto direto na qualidade do atendimento e na retenção desses profissionais essenciais.
Além disso, destaca a necessidade de contínuos esforços para manter o equilíbrio e a motivação no ambiente educacional.
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Mas, o que influencia na infelicidade em uma profissão?
Por fim, a infelicidade em uma profissão pode sofrer influência de uma série de fatores, que variam de acordo com a natureza do trabalho, o ambiente de trabalho, as relações interpessoais e as condições gerais de emprego. Além disso, alguns dos principais fatores que podem contribuir para a infelicidade no trabalho incluem:
- Falta de reconhecimento e recompensa: quando os funcionários não sentem presença de reconhecimento ou valorização no local de trabalho, isso pode levar à insatisfação.
- Excesso de carga de trabalho: um volume excessivo de tarefas e responsabilidades pode levar ao estresse e à exaustão, contribuindo para a infelicidade no trabalho.
- Falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional: quando os funcionários sentem que não têm tempo suficiente para suas vidas pessoais ou que o trabalho está interferindo em sua qualidade de vida, isso pode levar à infelicidade.
- Ambiente de trabalho tóxico: um ambiente de trabalho onde há conflitos constantes, falta de apoio entre colegas e gestão inadequada pode ter um impacto significativo na satisfação dos funcionários.
- Falta de oportunidades de desenvolvimento profissional: a falta de oportunidades para aprender e crescer no trabalho pode levar à estagnação e à insatisfação.
- Insegurança no emprego: a incerteza em relação à estabilidade do emprego pode causar estresse e ansiedade, contribuindo para a infelicidade no trabalho.
- Falha na comunicação: quando há uma falta de comunicação eficaz dentro da organização, os funcionários podem se sentir desinformados ou mal compreendidos, o que pode levar à insatisfação.
Esses são apenas alguns exemplos de fatores que podem influenciar a infelicidade no trabalho. Na verdade, a combinação de diferentes fatores pode variar de acordo com a situação específica de cada indivíduo e organização.
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