Você sabia que, segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de um bilhão de pessoas sofrem de enxaqueca em todo o mundo? Esse distúrbio afeta indivíduos de todas as faixas etárias, embora seja mais prevalente entre os 30 e 50 anos de idade. O desafio surge quando uma forte dor de cabeça é interpretada erroneamente como enxaqueca. Mas você sabe distinguir entre essas duas condições? Consultamos uma médica para esclarecer essa diferença e reunimos algumas informações para orientá-lo melhor sobre o assunto.
A enxaqueca é uma doença crônica que vai além da dor de cabeça
Antes de tudo, é essencial compreender o que realmente é a enxaqueca. Trata-se de uma condição crônica caracterizada por dores de cabeça intensas, geralmente localizadas em apenas um lado da cabeça, pulsantes e acompanhadas por uma série de sintomas adicionais. Esses sintomas surgem devido à hiperexcitação do cérebro, manifestando-se como:
- Dores de cabeça latejantes e pulsantes, frequentemente em um lado da cabeça
- Irritabilidade, flutuações de humor e dificuldade de concentração
- Dificuldade para dormir, náusea e episódios de vômito
- Dor na região do pescoço
- Sintomas de ansiedade
- Sensibilidade aumentada à luz, cheiros e sons
Embora a causa exata da enxaqueca ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que seja uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais. Independentemente das origens, a enxaqueca pode ser debilitante, impactando significativamente a qualidade de vida daqueles que sofrem com ela.
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E qual a diferença entre dor de cabeça e enxaqueca?
A enxaqueca, como já pontuamos, é uma doença neurológica crônica que se caracteriza principalmente pelas crises de dor de cabeça intensa, pulsátil e geralmente unilateral. Deste modo, a dor de cabeça é um de seus sintomas, assim como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som.
Logo, essa é a principal diferença entre dor de cabeça e enxaqueca. De modo geral, a doença afeta homens e mulheres, mas é mais comum em nelas, principalmente em idade fértil. Isso ocorre devido a fatores biológicos e hormonais, por exemplo, a oscilação dos níveis de estrogênio no ciclo menstrual.
E, por ser uma doença, a enxaqueca muitas vezes precisa de tratamento. Neste sentido, é fundamental buscar atendimento integrado, pois permite que a avaliação por profissionais de diferentes áreas da saúde. Tal encaminhamento é essencial para identificar o que a desencadeia e, consequentemente, elaborar um tratamento eficaz.
Porém, as mulheres, em específico, precisam ainda do acompanhamento ginecológico. Isso vale para verificar os efeitos dos hormônios sexuais femininos na doença.
Só para exemplificar, algumas pílulas anticoncepcionais podem piorar os sintomas da enxaqueca. Por isso, é importante ter orientações sobre o melhor medicamento.
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Alguns alimentos são inimigos de quem tem enxaqueca
Saber a diferença entre dor de cabeça e enxaqueca ajuda bastante, mas o que fazer para evitar ou, ao menos, minimizar os efeitos de uma crise? Ainda que o problema aconteça por uma série de fatores, como estresse e falta de sono, a alimentação pode ter um papel nisso.
Dito de outra maneira, alguns alimentos e bebidas podem causar a enxaqueca ou piorar os sintomas. Por exemplo:
- Carnes processadas
- Queijos amarelos
- Bebidas alcoólicas
- Chocolate
- Cafeína
Claro que isso varia de pessoa para pessoa. No entanto, o ideal é sempre observar crises após o consumo e, assim, buscar orientações de um profissional nutricionista.
Ademais, vale ainda cuidar de outros possíveis fatores, como sedentarismo, excesso de exposição ao sol e condições genéticas. Assim, além de entender a diferença entre enxaqueca e dor de cabeça, evita que as crises apareçam.
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