Você já teve a impressão de avistar um barco “voando” enquanto está na praia? Pois, não é a única pessoa a experienciar isso! E, tampouco se trata de insolação ou alucinações depois daquela “cervejinha”. Trata-se de um fenômeno óptico chamado Fata Morgana que, literalmente, faz ver barcos voadores.
A verdade é que presenciar um “espelhismo” é muito mais comum do que imaginamos. E, embora seja tão retratado em filmes com pessoas que se perderam no deserto, esse tipo de ilusão óptica ocorre também no mar. Em suma, consiste em ver objetos flutuando sobre a linha do horizonte.
Vamos saber o que é a Fata Morgana e, principalmente, por que chama assim?
O que é a Fata Morgana?
A princípio, a Fata Morgana consiste em um fenômeno óptico que faz navios parecerem flutuar sobre o mar ou terra. O nome, de origem italiana, se inspira na fada Morgana, que aparece nas histórias do rei Arthur. Mas, a gente vai falar melhor disso daqui a pouco.
E por que ele ocorre? De modo geral, o fenômeno surge quando a luz do sol passa por camadas de ar com temperaturas diferentes. O espelhismo se origina em zonas onde coincidem camadas de ar quentes -da terra- e mais frias -do mar
Aquelas mais quentes, próximas à superfície marítima, fazem com que a luz seja refratada em diferentes ângulos. Assim, criam uma imagem distorcida dos objetos que estão abaixo.
Conforme os cientistas, o ser humano presume que a luz viaja em linha reta. Portanto, quando ela se curva, o cérebro acredita que o que está vendo é irreal.
A Fata Morgana é mais comum onde há mudanças rápidas de temperatura, por exemplo, o Ártico, Antártida e regiões desérticas. Também se observa em dias quentes e secos, quando há uma camada de ar quente próxima à superfície do mar.
Entretanto, os barcos voadores são apenas uma das muitas imagens que o fenômeno pode criar. Outros exemplos incluem montanhas, ilhas e até mesmo cidades.
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E por que Fata Morgana?
Pois bem, quem foi a Fada Morgana? Personagem da literatura medieval, Morgana era a irmã do rei Arthur. Mas, principalmente, discípula – e mais tarde rival – do mago Merlin.
Alguns defendem que ela era uma sereia. Tanto que seu nome procederia de ‘mori-gena‘, que significa ‘nascida do mar’. Por outro lado, há quem afirme que ela era uma bruxa.
Segundo a lenda, Morgana roubou a espada Excalibur, que concedia poderes ao irmão. Por isso, é bastante representada como sua antagonista. Ao que tudo indica, a ideia era entregar ao marido, sir Accolon, para que ele matasse Arthur.
Porém, o destino se virou contra ela e foi o amado quem morreu. Então, completamente fora de si, recuperou a espada e a lançou no mar. Dessa relação com o mar e do primeiro avistamento de um barco voador, em 1818, vem a denominação de Fata Morgana (‘Hada Morgana’).
Mais de dois séculos depois, ainda há quem afirme avistar castelos no ar, cidades fantasmas, ilhas inexistentes ou montanhas embaçadas. Aliás, as imagens são tão reais que alguns pensam ser espectros de um universo paralelo.
Ou, ainda, algo que já existiu, mas desapareceu. Em tempos antigos, quando os marinheiros presenciavam o Fata Morgana, acreditavam que poderiam ser piratas fantasmas ou sereias. Esses “seres”, então, pretendiam arrastá-los para uma morte certa, assim como a própria Morgana.
Por mais distante que pareça estar aquela época em que tudo se explicava com fantasia, ainda há pessoas que preferem pensar nesses fenômenos assim, com magia. Mesmo que se conheça a origem científica.
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