Aposentadoria em Portugal vale a pena? A realidade de quem mora lá

Viver a aposentadoria em Portugal: segurança, economia e qualidade de vida.
Aposentadoria em Portugal.
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Um dos momentos mais esperados de quem trabalha, inegavelmente, é a aposentadoria. Mais ainda, ter qualidade de vida após tantos anos de esforço. Por isso, quando finaliza o processo, muita gente até decide emigrar. Mas, para onde? Afinal, a ideia é ter tranquilidade sem comprometer o orçamento. E, ao mesmo tempo, ter a oportunidade de viajar e conhecer novos lugares. Por isso, hoje falaremos sobre a aposentadoria em Portugal. Será que vale a pena?

Segundo relatórios da Move to Spain e International Living, o país ideal para emigrar se você está aposentado é Portugal. Embora as razões para essa escolha variem, o principal atrativo é a relativa estabilidade econômica.

Aposentadoria em Portugal: é uma boa?

Antes de tudo, vale frisar que existe um movimento intenso de migração dos brasileiros para Portugal. Só para ilustrar, segundo o antigo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), cerca de 400 mil brasileiros viviam no país, somente em 2023.

Nisso, entram as pessoas aposentadas. Mas, por que Portugal é o país ideal para esta turma? Sobretudo, pelas condições de vida que oferece, com base em seus padrões econômicos.

Embora os alugueis (arrendamentos) já não sejam mais tão baratos, o poder de compra para quem tem renda fixa no país não é dos piores. Nos mercados, por exemplo, a pessoa pode optar por produtos de “marca branca”, ou seja, aqueles fabricados pelo próprio estabelecimento. Geralmente, são bem mais baratos.

Ademais, a rede de transporte é eficiente, com ônibus (autocarros), metrôs e trens (comboios). A princípio, há assinaturas mensais que incluem transporte ilimitado, mas pessoas a partir de 60 anos já têm acesso a valores especiais.

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Portugal é um país seguro

Além de um custo de vida relativamente baixo, Portugal também é um dos países mais seguros do mundo. Embora, sim, haja algumas ocorrências, os índices de criminalidade são bem menores que no Brasil, por exemplo.

Sem falar no clima favorável! O país tem quatro estações bem definido. No continente, o inverno tem baixas temperaturas, mas nada tão congelante quanto nos países nórdicos. Ok, dá para ver a neve em regiões como a Serra da Estrela, contudo, os termômetros costumam ser generosos.

A primavera já sobe um pouquinho as temperaturas e prepara para o verão. Aqui, de fato, faz mais calor no sul e ilhas, enquanto o restante do país fica, em média, nos 28 °C. O outono traz as folhas laranja e, de novo, o frio. Então, dá para se preparar tranquilamente para cada uma.

Por fim, Portugal é um país bom para aposentados curtirem a vida. Além das praias, como Algarve, Nazaré e Cascais, tem rios (como o Douro e Tejo), montanhas e cidades históricas.

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Como emigrar para Portugal sendo aposentado?

A princípio, Portugal concede um visto especial, o “visto D7”, para aposentados que desejam emigrar e se estabelecer lá. O documento permite que os adultos, maiores de 65 anos, residam até dois anos no país.

No entanto, é necessário apresentar um comprovante de renda. Neste sentido, servem aposentadoria, investimentos e outras fontes. O que interessa é provar que você viver no país durante este tempo com, pelo menos, o salário mínimo português (€ 820). Quem mora no Brasil precisa encaminhar a documento a uma empresa especializada.

O que precisa para pedir o visto de aposentado?

Inicialmente, a documentação para solicitar o visto de aposentado para Portugal inclui:

  • Formulário de solicitação  preenchido e assinado;
  • 2 fotos 3×4 coloridas;
  • Passaporte (original e cópia), desde que tenha validade de três meses após o regresso;
  • Certificado de Direito à Assistência Médica (PB4);
  • Certificado de antecedentes criminais com apostilado em cartório (geralmente, onde você tem assinatura reconhecida);
  • Consulta do registo criminal português pela AIMA;
  • Comprovante de rendimentos e alojamento (aqui, vale carta convite de pessoa legal no país ou reserva de hotel).

 

Author

  • Luciana Gomides

    Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

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