Como o Japão se prepara para tantos terremotos?

Como o Japão se prepara para terremotos.

O mundo acordou, no primeiro dia do ano, com a notícia de mais um terremoto no Japão. Uma série de tremores afetou a costa oeste do país, alguns com magnitude de 7.6 na escala Richter. E, ainda, alerta de um tsunami gigante! Infelizmente, essa não é (e nem deve ser) a única ocorrência. Diante disso, como o Japão se prepara para tantos terremotos?

A princípio, o Japão tem tantos terremotos, sobretudo, por sua localização em pleno Anel de Fogo, região de forte atividade sísmica. Por isso, tanto terremotos quanto vulcões são tão frequentes por lá.

Assim, o país é referência quando se fala na preparação contra terremotos. Isso vale tanto no que toca a tecnologias quanto construções e mesmo as próprias ações dos cidadãos.

Prevenção vem do berço

Uma das formas como o Japão se prepara para terremotos é, inegavelmente, pelo sistema avançado de defesa civil. Devido à frequência dos terremotos na região, a população passa por treinamentos regulares para agir de forma eficaz em emergências.

Só para exemplificar, embora tenha construções milenares, em grandes centros, como Tóquio, é frequente trabalhar em um prédio de 80 andares. Então, imagine a complexidade de evacuar esse tipo de construção de maneira organizada e tranquila.

Por isso que os treinamentos ocorrem várias vezes ao longo do ano. Ademais, para facilitar a disseminação de informações, o governo de Tóquio, por exemplo, desenvolveu um manual de sobrevivência em caso de terremotos, acessível a todos os cidadãos.

O guia fornece instruções específicas para diversas emergências, seja em casa, no escritório, nas ruas ou em transportes públicos. O manual também incentiva cada cidadão a possuir um kit terremoto em casa e no trabalho.

Nele, deve haver itens como lanternas, água e comida desidratada, preparando-os para eventualidades em que fiquem isolados por alguns dias. Vale reforçar que as instruções também se direcionam a estrangeiros.

No entanto, uma prova de como o Japão se prepara para terremotos é o papel das telecomunicações. Só para exemplificar, a emissora estatal de TV NHK desempenha o papel de fonte oficial de informações em casos de acidentes e desastres naturais significativos, como o terremoto seguido de tsunami ocorrido em 11 de março.

Leia mais: 8 viagens para fazer antes dos 50 anos

O Japão se prepara para terremotos principalmente nas construções

A população japonesa está tão habituada a esses eventos que os edifícios possuem estruturas flexíveis e os armários são fixados às paredes. Aliás, o projeto dos prédios para balançar, e não cair, é uma das expressivas como o Japão se prepara para terremotos.

Só para ter uma ideia, o Japão investe bilhões de dólares no desenvolvimento de tecnologias para proteger seus cidadãos e infraestruturas contra abalos sísmicos e tsunamis.

Essa expertise é, aliás, um dos principais motivos pelos quais muitos edifícios permanecem de pé no país. A princípio, a concepção dos prédios os coloca como estruturas dinâmicas, capazes de se adaptar a movimentos em qualquer direção.

Dentro deles, são instalados amortecedores eletrônicos, controláveis à distância. Os mais simples usam amortecedores de molas, similares aos utilizados em suspensões de veículos.

Também há materiais especiais para amortecer as junções entre colunas, lajes e estruturas de aço, dissipando a energia gerada pelos movimentos opostos da estrutura e evitando danos nos andares intermediários.

Por fim, cada andar é reforçado com uma estrutura interna de aço, além das paredes de concreto, contribuindo para suportar o peso do edifício. Esses amortecedores desempenham um papel significativo na absorção do impacto dos tremores, reduzindo substancialmente a probabilidade de rachaduras ou danos estruturais.

Viu só, como o Japão se prepara para os terremotos? Você sabia que havia tantas tecnologias no país?

Author

  • Luciana Gomides

    Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

    View all posts
magnifiercrossmenuarrow-down-circle