Existe diferença de idade ideal em um relacionamento? Estudo diz

Diferença de idade em um relacionamento.

Que atire a primeira pedra quem nunca julgou um casal com diferença de idade expressiva. Por exemplo, um homem namorando uma mulher bem mais jovem. Ou, principalmente, uma mulher mais velha se relacionando com o homem mais novo. Mas, afinal, existem limites para a diferença de idade em um relacionamento?

A verdade é que, quando se trata de diferenças de idade, homens e mulheres têm ideias ligeiramente diferentes. Essa foi a percepção do CEO do site de relacionamentos OKCupid, Christian Rudder. Segundo ele, usuárias do sexo feminino procuram homens aproximadamente da mesma idade que elas. Ou, no máximo, dois anos mais velhos.

Por outro lado, os homens preferem mulheres em seus vinte anos, seja qual for a própria idade. Ou seja, enquanto as mulheres preferem uma pequena e constante diferença de idade, os homens adoram a ideia de uma parceira jovem e atraente. Em outras palavras, preferem uma diferença de idade maior à medida que envelhecem.

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Qual a diferença de idade ideal em um relacionamento?

A princípio, há quem defenda uma pequena diferença de idade no relacionamento. As razões são muitas, desde detalhes a situações mais complexas. Por exemplo, a possibilidade de ambos terem os mesmos gostos musicais.

Na prática, compartilhar opiniões, comportamentos e realidades aumentariam a conexão entre o casal. Consequentemente, reduziria as chances de um divórcio.

Há, ainda, quem avalie as vantagens de uma diferença de idade maior na velhice. Dito de outra maneira, quando uma das partes fica idosa primeiro e requer cuidados intensivos, seria bom ter o parceiro mais jovem ao lado.

Mas, indo além, especialistas em economia avaliam se diferenças de idade menores entre parceiros beneficiariam, por exemplo, na redução da diferença salarial entre os gêneros.

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Mas qual é o impacto da diferença de idade?

Antes de mais nada, o bom senso sugere que uma grande diferença de idade teria implicações para a velhice. Por exemplo, ter alguém para cuidar de você na sua velhice é sensato, assim como evitar a viuvez. Portanto, um parceiro mais jovem e saudável poderia fazer sentido, pelo menos do seu lado da equação. Além disso, outro estudo de Sven Drefahl, da Universidade de Estocolmo, examinou pessoas com mais de 50 anos na Dinamarca e descobriu que homens com cônjuges mais jovens sobreviveram por mais tempo do que aqueles com cônjuges de idade semelhante.

Assim, quanto mais velho era o cônjuge, piores eram as chances de sobrevivência, mesmo após controlar fatores como educação e riqueza. Novamente, a ligação pode não ser causal: homens saudáveis podem ser especialmente capazes tanto de atrair parceiras mais jovens quanto de viver até uma idade avançada.

Mas, misteriosamente, esse fenômeno não parece se aplicar às mulheres, onde quanto maior a diferença de idade, piores são as chances de sobrevivência, independentemente de serem mais jovens ou mais velhas. Assim, no caso de mulheres com maridos mais jovens, Drefahl sugeriu que a diferença de gênero poderia ser devido a mulheres dependerem menos de seus parceiros para apoio, e assim se beneficiando menos das energias de um cônjuge mais jovem.

Portanto, as evidências disponíveis parecem validar as escolhas dos usuários do OKCupid: mulheres devem escolher homens o mais próximo possível de sua idade. Enquanto os homens devem buscar mulheres mais jovens. No entando, um verdadeiro economista, buscaria evidências melhores, talvez comparando a felicidade conjugal de casais aleatórios com diferentes diferenças de idade. Infelizmente para eles, mas felizmente para o resto de nós, as pessoas fazem suas próprias escolhas – e são livres para ignorar regras de bolso tolas.

Author

  • Luciana Gomides

    Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

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