Mentir no currículo vale a pena? Dicas para um currículo irresistível

70% dos recrutadores afirma que mentir no currículo causa eliminação de processos seletivos
Mentir no currículo.
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Sabe aquela mania que a gente tem de mentir no currículo só para chegar à tão esperada vaga? Pois é, ainda que 75% das pessoas no Brasil tenham esse hábito, está na hora de deixá-lo de lado. Afinal, quase a mesma quantidade de recrutadores e recrutadoras afirmam eliminar candidatos por mentirem em suas qualificações.

Segundo pesquisa da DNA Outplacement, consultoria de recolocação profissional de executivos, a grande maioria dos brasileiros e brasileiras inserem informações incorretas em seus currículos. Na maior parte das vezes, fazem isso para se destacar no processo seletivo.

Entretanto, a prática surte o efeito contrário. Como diz o ditado, “mentira tem perna curta” e, em algum ponto da seleção, recrutadores e recrutadoras acabam descobrindo. Com isso, 70% deles eliminam os candidatos.

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Por que é tão grave mentir no currículo?

Você pode até não ter todas as qualificações técnicas do mundo. Mas, uma coisa é certa: a credibilidade está entre seus principais atrativos de carreira. Por isso, a tática da mentira é tão ruim, pois coloca em dúvida tudo o que contou na entrevista ou mesmo colocou no currículo.

E onde candidatos e candidatas costumam mentir mais? Normalmente, na experiência profissional e habilidades técnicas. Curiosamente, é onde se testa mais os candidatos.

As inconsistências, então, logo aparecem ao descrever melhor suas qualificações e mesmo situações que comprovem aquela experiência. Daí, além de pegar muito mal, a pessoa acaba se desclassificando não apenas na atual seleção, como próximas oportunidades.

Sendo assim, o ideal é ser o mais honesto possível caso falte alguma qualificação essencial para a vaga. Ainda que não a tenha, demonstre seu interesse em aprender. Mas, sobretudo, invista em conhecimento e capacitação. Assim, não vai precisar mentir no currículo, né?

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Quais as mentiras que as pessoas mais cometem

Conforme matéria da Forbes, existem as mentirinhas que recrutadores e recrutadoras mais encontram nos currículos e entrevistas. Só para exemplificar, aqui estão algumas delas:

Formação acadêmica

Acredite, este é um ponto no qual as pessoas mais costumam mentir no currículo. Só para ter uma ideia, mais de 26% dos recrutadores já pegaram algum candidato com inverdades sobre histórico ou formação acadêmicos.

Motivo pelo qual saíram de empregos anteriores

Esta até não é uma mentira de currículo, mas de entrevistas mesmo. Quando aparece o questionamento sobre a razão de se desligarem das empresas anteriores, muitas pessoas pecam. Ou distorcem informações ou ocultam os motivos. Ao menos, é o que quase 30% dos recrutadores revelam.

Mentir no currículo sobre idiomas é comum

Aqui temos uma mentira que, em algum momento, vai cair! Afinal, do que adianta afirmar que fala inglês se, em uma situação de conversação, sequer sai um cumprimento?

Ainda assim, mais de 32% dos recrutadores afirma inconsistências no idioma dos candidatos.

Experiência profissional

Mais uma das mentiras mais habituais entre candidatos. Só para ilustrar, 50% de pessoas envolvidas em recrutamento e seleção já detectou esse tipo de informação. Sobretudo, no que toca a cargos que ocuparam.

Mentir sobre as habilidades técnicas no currículo ganha!

Por fim, a campeã das inconsistências! Mais de 50% dos recrutadores já identificaram mentiras quanto a conhecimentos específicos e habilidades.

Além dos “flagras” acima, outros pontos destacados são:

  • Falsas participações em projetos
  • Inconsistência em período de emprego
  • Conquistas exageradas (ou que nem existiram)

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O que fazer para não mentir no currículo?

Faltou qualificação ou não tem o idioma certo? Confira o que fazer (e o que NÃO fazer) na sua próxima seleção:

  • Idioma: caso o posto exija proficiência em um outro idioma, saiba que essa habilidade pode passar por testes pela pessoa recrutadora durante o processo seletivo. Portanto, nada de mentiras!
  • Experiência: evite supervalorizar o tempo que passou trabalhando em outras empresas ou ocupando cargos. Em vez disso, foque em expressar suas conquistas de forma mais modesta e mesmo profissional.
  • Formação: não minta! Se precisou trancar matrícula ou ainda tem disciplinas pendentes, apenas diga que a formação está em andamento e, se possível, informe quando deve concluir.
  • Salário: não minta sobre quanto foi a última remuneração. Possivelmente, a pessoa recrutadora pode descobrir a fraude apenas com estudos de remuneração ou mesmo confrontando as informações constantes na carteira.
  • Motivo do desligamento: se em vez de pedir demissão, foi demitido ou demitida, assuma. Tenha honestidade e foque em mostrar o quanto evoluiu na empresa anterior e mesmo com a própria experiência. E, finalmente, jamais fale mal dos colegas ou organização.

Então, você tem o hábito de mentir no currículo? Teve alguma experiência na qual isso foi descoberto?

Author

  • Luciana Gomides

    Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

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