A maioria das proibições em Singapura visa manter os espaços públicos limpos e civilizados. Problemas de manutenção levaram as autoridades a debaterem a proibição de chicletes por muito tempo. As pessoas costumavam colar chiclete em fechaduras, caixas de correio e até mesmo botões de elevadores. Até assentos de ônibus, calçadas e escadas em lugares públicos não escapavam do tormento desses produtos. Uma situação pegajosa, de fato!
Os principais razões que levou o governo de Singapura a tomar medidas rigorosas
Relatos sugerem que o órgão governamental “Conselho de Habitação e Urbanização” em Singapura, responsável pelo planejamento e desenvolvimento de habitações públicas e urbanização no país, gastava mais de $125.000 todos os anos para remover chicletes de paredes e pisos. Portanto, era, inegavelmente, um problema urgente.
Porém, o Primeiro Ministro de Singapura na época, Lee Kuan Yew, acreditava que proibir chicletes seria extremo. Então, como resultado, ele proibiu anúncios de chiclete em 1980. No entanto, ele não estava sozinho nesse passo radical. Os partidos de oposição o ajudaram em seus esforços e impuseram multas aos infratores.
Mass Rapid Transit (MRT). Singapura investiu $5 bilhões neste projeto para facilitar o transporte suave e rápido para seu povo. Infelizmente, os sensores das portas do trem foram vandalizados ao colar chiclete neles. As portas não podiam funcionar adequadamente, o que prejudicou seu funcionamento. O chiclete causou o colapso de todo o sistema, interrompendo o serviço de trem. Esse evento levou o governo a tomar uma ação decisiva e rigorosa. E que ação eles tomaram? Em 1992, o governo proibiu chicletes.
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Qual é a multa para quem carrega chicletes em Singapura?
As autoridades impunham pesadas multas a indivíduos que comiam, vendiam ou carregavam chicletes, como parte das medidas rigorosas adotadas para manter a ordem pública. Então, vamos ver quanto essas multas custavam!
O governo de Singapura aplicou multas pesadas a quem fosse flagrado vendendo chiclete. As multas variavam de $10.000 a $100.000. Os infratores também poderiam enfrentar até dois anos de prisão. Pessoas pegas com chiclete eram multadas em $500 a $1.000 na primeira infração e $2.000 em infrações subsequentes. Essas condições são comparáveis às multas por sujeira em Singapura.
Hoje, a proibição de chiclete é mais branda, mas as restrições à venda desse produto permanecem uma das leis mais conhecidas de Singapura. Embora os chicletes sejam proibidos, aqueles com benefícios à saúde, como chiclete de nicotina (auxilia no abandono do tabagismo) e chiclete dental (para problemas dentários), são permitidos.
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O grave impacto no meio ambiente
Então, o ato comum de mastigar chiclete pode parecer inofensivo, mas sua pegada ambiental conta uma história diferente. Esse produto é feito de polímeros, que são plásticos sintéticos não biodegradáveis. Quando descartado nas ruas, esse pequeno pedaço de prazer mastigável se torna um persistente problema ambiental.
Esse processo é não apenas dispendioso, mas também consome tempo, revelando um desafio significativo para manter as áreas públicas livres de resíduos desse produto. Além disso, o chiclete descartado pode encontrar seu caminho na cadeia alimentar, apresentando riscos adicionais para a vida selvagem e, indiretamente, para os seres humanos.
O tempo necessário para que o chiclete se decomponha naturalmente é surpreendentemente longo, podendo chegar a até 25 anos. Durante esse período, ele permanece como um agente poluente persistente, causando danos ambientais a longo prazo.
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O exemplo de Singapura
Por fim, o caso de Singapura destaca a necessidade de abordagens inovadoras para lidar com o impacto ambiental. Conscientização pública, reciclagem de resíduos de chiclete e o desenvolvimento de alternativas mais sustentáveis são passos essenciais para mitigar esse problema persistente.
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