A Tibete está localizado em uma região remota da República Popular da China, compartilhando fronteiras com a Índia, Paquistão e Nepal, além de Myanmar e o Butão. O planalto do Tibete é uma área de grande interesse, com montanhas que atingem até 5.000 metros acima do nível do mar, e o ar nesse ponto é rarefeito. Voar nesta região é um grande desafio. Devido ao frio intenso e à neve no Tibete, a viagem pode ser realizada durante os meses de verão.
O Tibete mítico, com seus mosteiros medievais e sua cultura peculiar, permanece inacessível, distante e misterioso.
O acesso a esta região é muito difícil, e, portanto, ela é muito pouco povoada. Na região autônoma do Tibete, que abrange uma área total de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, vivem apenas 3,5 milhões de pessoas. Isso resulta em uma densidade populacional de apenas três pessoas por quilômetro quadrado, tornando-a uma das áreas menos densamente povoadas da China.
Além disso, devido à pequena população, existem poucos aeroportos capazes de receber aeronaves de passageiros. Há três maneiras para viajar no lá: via aérea vindo da China ou do Nepal, por trem da China ou por terra de Katmandu, no Nepal. Mas você sabia que as aeronaves não sobrevoam o Tibete?
Por que as aeronaves não sobrevoam o Tibete?
Ao consultar o Flight Radar, notamos a ausência de aviões na região tibetana da China. A explicação reside na designação “teto do mundo” dada ao Tibete. Com uma altitude média de 5 mil metros acima do nível do mar e o Monte Everest, a montanha mais alta do mundo, o Tibete apresenta um desafio para as aeronaves.
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Falta de oxigênio
As cabines das aeronaves modernas operam sob pressão. Em caso de falha no sistema, as máscaras de oxigênio acionam-se para permitir que os passageiros respirem.
No entanto, a capacidade do sistema de oxigênio é suficiente apenas por 15-20 minutos. Portanto, em caso de falha na pressurização da cabine, os pilotos precisam descer a aeronave para uma altitude de 3 mil metros.
Na maioria das áreas do Tibete, a altitude é muito superior a 3 mil metros, tornando impossível para as aeronaves descerem com segurança em caso de emergência. Além disso, quando um dos motores de uma aeronave bimotor falha, a aeronave precisa descer para uma altitude específica para voar com segurança.
Não tem muitos aeroportos na região para uma emergência
Existem cinco grandes aeroportos na região. O Aeroporto de Lhasa, capital da província autônoma do Tibete, é o mais importante e possui todas as instalações necessárias para receber diferentes tipos de aeronaves.
Em caso de emergência durante o voo, algumas aeronaves teriam que voar muitos minutos adicionais para alcançar um aeroporto que pudesse acomodá-las. Nessas situações, “tempo é dinheiro”, e é por isso que as aeronaves evitam sobrevoar essa planície específica.
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Turbulência que incomoda os passageiros
A natureza montanhosa do terreno não é o único problema: as aeronaves que sobrevoam a planície podem entrar em áreas de turbulência intensa. Isso preocupa os passageiros, então algumas companhias aéreas preferem evitar voos sobre a região para que seus clientes se sintam confortáveis e tenham um voo mais agradável. Infelizmente, devido à geografia do Tibete, isso não é possível.
Mais perigoso lugar do mundo pelo avião
As condições desfavoráveis, em diversas situações, resultaram em incidentes aéreos na região. Os mais graves ocorreram durante a Segunda Guerra Mundial, com mais de 1.500 vítimas e cerca de 600 aeronaves perdidas na época. Comparativamente aos supostamente misteriosos desaparecimentos no Triângulo das Bermudas, os eventos na planície do Tibete revelam-se muito mais letais.
Por essas razões, nenhuma aeronave sobrevoa o Tibete.
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