Álcool e remédio: quais medicamentos não misturar com bebida?

Álcool e remédio.

Festas de fim de ano e, sem dúvidas, o consumo de bebidas alcoólicas fatalmente aumenta. Mas, o problema é maior quando a pessoa está no meio de um tratamento medicamentoso. Daí, vem a famosa pergunta: pode misturar álcool e remédio? A princípio, a prática nunca é boa, mas há alguns medicamentos que jamais devem ser misturados a bebidas alcoólicas.

De fato, o hábito de consumir álcool é uma realidade para 45% dos brasileiros, conforme aponta o estudo “Álcool e a Saúde dos Brasileiros – Panorama 2023“. A pesquisa do Ipec é incisiva ao mostrar o quanto o consumo da bebida se envolve na descontração nos fins de semana e em eventos sociais.

No entanto, é essencial entender que essa prática pode ter sérias consequências, principalmente quando combinada com medicamentos. Isso vale mesmo para aqueles vendidos sem receita.

Os perigos de combinar álcool e remédio

Inicialmente, a interação entre álcool e diversos medicamentos pode desencadear reações adversas, desconforto e até mesmo colocar a vida em risco. Só para exemplificar, entre os sintomas mais comuns, podemos listar:

  • náusea
  • vômito
  • desmaio
  • sangramento interno
  • danos hepáticos

Contudo, para compreender os riscos, é essencial entender um pouco de bioquímica. O fígado desempenha um papel fundamental na metabolização de substâncias, incluindo medicamentos e álcool.

Sendo assim, quando consumimos álcool, o órgão realiza uma série de transformações para tornar a substância menos tóxica. No entanto, essa ação pode ser prejudicada quando se ocupa, ainda, com o processamento de medicamentos. Por isso, o alerta ao misturar álcool e remédio.

Que medicamentos não se deve misturar com bebidas alcoólicas

Embora exista a recomendação de não misturar álcool e qualquer tipo de remédio, a interação é perigosa, sobretudo com medicamentos específicos. Por exemplo:

Álcool + Paracetamol

Aumenta o risco de hepatite medicamentosa e inflamação no fígado.

Álcool + Dipirona

Potencializa sonolência e lentidão devido à atuação no sistema nervoso central.

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Álcool + Ácido Acetilsalicílico

Favorece sangramentos, especialmente perigoso para quem tem problemas gástricos.

Álcool + Antibióticos

Pode causar diversos sintomas e até mesmo levar à morte, comprometendo o sistema respiratório.

Álcool + Anti-inflamatórios

Aumenta o risco de úlcera gástrica e sangramentos.

Álcool + Antidepressivos ou Ansiolíticos

Potencializa a sedação e reduz a eficácia desses medicamentos.

Álcool + Inibidores de Apetite

Pode gerar tontura, fraqueza e confusão mental.

Álcool + Insulina

Provoca hipoglicemia, especialmente perigoso para diabéticos.

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Álcool + Anticonvulsivantes

Causa risco de intoxicação e diminuição da eficácia contra crises de epilepsia.

Em suma, misturar álcool e remédio pode ter consequências graves. Sendo assim, é essencial compreender os riscos específicos de cada combinação e, quando em dúvida, consultar um profissional de saúde.

Priorizar sua saúde frente à diversão, sem dúvidas, é sempre a melhor escolha. Deste modo, evite situações que possam comprometer o funcionamento adequado do seu organismo. A bebida pode esperar!

Authors

  • Luciana Gomides

    Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

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  • Dra Laís Póvoa

    Dra. Laís Póvoa é uma médica com experiência em atenção integral ao paciente, medicina da família, medicina do trabalho e estética. Sua abordagem prioriza a medicina preventiva como o caminho para o bem-estar. Através da escrita, ela compartilha conhecimentos e orientações práticas para ajudar as pessoas a melhorar sua saúde e qualidade de vida. Com sólida formação e especialização, oferece informações direcionadas para um público interessado em tomar decisões informadas sobre sua saúde.

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